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Farmácias e Laboratórios

Como abrir uma farmácia: guia completo para montar seu negócio e ter um bom faturamento

Para abrir uma farmácia, você deve estudar o mercado e suas exigências legais, o modelo de negócio e fazer projeções realistas.

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Autor Rodrigo Santos
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Projeto para abrir uma farmácia - Bioflora (TO) -Arquiter

Muita gente tem vontade de empreender no setor farmacêutico, e não é à toa. A demanda constante por produtos de saúde faz com que o negócio tenha boa previsibilidade e potencial de crescimento. Mas como abrir uma farmácia de forma segura e com chances reais de retorno?

Além de cumprir exigências legais, o projeto do ponto de venda e a forma como o ambiente influencia a percepção o público fazem toda a diferença. E talvez você já tenha reparado nisso ao observar as farmácias mais movimentadas da sua região ou cidade.

A fachada, o posicionamento das gôndolas e o fluxo interno, também.

Todas essas informações comunicam e impactam a disposição para a compra do seu cliente. Por isso é tão importante pensar o negócio de forma integrada.

Quer entender como transformar esse plano em um negócio lucrativo e bem estruturado? 

Continue com a gente, porque neste conteúdo iremos te mostrar, passo a passo, como abrir uma farmácia do zero, com segurança e potencial real de bons resultados. Boa leitura!

Como abrir uma farmácia: primeiros passos

No setor farmacêutico, há exigências técnicas e legais obrigatórias para serem cumpridas. Os primeiros passos precisam contemplar o estudo de todo o mercado e suas exigências, o modelo de negócio e o desenvolvimento de projeções realistas.

Muitas vezes, quem deseja abrir uma farmácia pequena já tem o local em vista, ou pensa em aproveitar um ponto comercial que já possui.

Contudo, a escolha do endereço precisa vir após a análise de público e concorrência, uma vez que o tipo de farmácia que será aberta depende diretamente da demanda do local.

Pensando nisso, antes de iniciar qualquer obra ou formalização, siga estas etapas para abrir farmácia com mais segurança:

Estude o mercado

Procure saber mais informações sobre o local e mapeie o comportamento de consumo da região. Além disso, avalie a existência de concorrentes e seus principais diferenciais.

Escolha o modelo

Avalie se é melhor abrir uma farmácia ou drogaria de bairro (varejo), farmácia de manipulação ou farmácia veterinária.

Estruture um plano de negócios

Além de incluir sua proposta de valor, inclua uma visão clara de metas, cronograma e viabilidade econômica.

Procure um contador

Para abrir uma empresa, você precisará lidar com várias burocracias e, por isso, o auxílio de um contador ou escritório de contabilidade é essencial. Prioriza alguém que tenha experiência no setor farmacêutico.

Escolha um ponto de venda

Priorize ruas e avenidas com um bom movimento e que tenham um tamanho adequado para a exposição de produtos farmacêuticos. Mesmo que seja um lugar pequeno, a circulação e o layout devem ser levados em consideração desde o primeiro momento.

O mercado está cheio de boas ideias que não foram para frente por falta dessa base sólida. 

Então, mesmo que você comece com uma estrutura enxuta, é indispensável seguir esses passos para montar tanto um empreendimento maior, quanto uma farmácia pequena, mas de sucesso.

Quanto custa abrir uma farmácia?

Abrir uma farmácia popular pequena pode exigir de R$ 120 mil a R$ 180 mil, incluindo estrutura, mobiliário, estoque e documentação, por exemplo. Mas, antes de fazer qualquer investimento, é preciso ter em mente que os custos variam bastante conforme o porte do negócio e o tipo de operação.

Sabemos que planejar a parte financeira é uma das etapas mais importantes no processo de implantação. Sendo assim, entender quanto custa abrir uma farmácia ajuda a evitar surpresas e permite priorizar aquilo que trará retorno imediato no começo.

Em áreas mais comerciais ou em bairros mais nobres, esse valor pode subir. Nas franquias, o investimento também tende a ser um pouco mais alto.

Para se ter uma ideia, o modelo de franquia da Farma & Farma, uma rede que está presente em boa parte do território nacional, para um negócio novo, gira em torno de R$ 445 mil, com a lucratividade de 6 a 15%.

Veja os principais itens que devem ser considerados ao calcular o custo de abrir uma farmácia:

  • Obras e adaptações conforme normas da Vigilância Sanitária;
  • Compra de mobiliário, como gôndolas, balcões e armários refrigerados;
  • Licenças e taxas para legalização;
  • Estoque inicial ajustado ao perfil do público;
  • Estratégias de marketing para inauguração e divulgações posteriores;
  • Custos com equipe, incluindo farmacêutico e contador.

Documentação e licenças necessárias para abrir uma farmácia

Abrir uma farmácia exige um conjunto de registros obrigatórios que juntos garantem que o negócio esteja regularizado para atuar dentro das normas sanitárias e comerciais. Ignorar essas etapas de registro e aprovação pode gerar multas e até o fechamento do estabelecimento. Para que você não corra esse risco, confira aqui os principais itens de documentação para farmácia que devem ser providenciados:

  • Alvará de funcionamento emitido pela prefeitura: garante que você possa trabalhar legalmente no seu município;
  • Registro no Conselho Regional de Farmácia (CRF): comprova a conformidade com as normas do setor no seu estado;
  • Licença sanitária junto à Vigilância Sanitária local: assegura que o espaço atenda a todas as normas de saúde regionais;
  • Autorização de funcionamento da Anvisa: o órgão é responsável pela regulamentação de medicamentos e produtos de saúde nacionalmente, e seu cadastro é obrigatório;
  • Contrato com farmacêutico responsável técnico: a presença de um farmacêutico é obrigatória para garantir a segurança e a qualidade dos serviços prestados.

A regularização de farmácia é uma fase que impacta diretamente na abertura e no funcionamento do negócio. A dica é contar com um contador que já trabalhe com o setor e possa orientar e agilizar os processos.

Cuidados importantes com a estrutura física da sua farmácia

Você já entrou em uma farmácia e saiu com mais produtos do que planejava? Isso não acontece por acaso: é resultado direto de um espaço bem estruturado. Um bom projeto de farmácia influencia o tempo de permanência do cliente, direciona o olhar e aumenta a conversão em vendas.

É aí que entra a arquitetura comercial para farmácia, responsável por cuidar da organização visual, acessibilidade, sinalização, exposição estratégica dos produtos e da identidade da marca no espaço.

Tudo isso contribui para um ambiente que favorece a decisão de compra, de forma natural e eficiente.

Essa lógica é usada com maestria pelas grandes redes e franquias. Em cada unidade, o posicionamento dos produtos, a altura das gôndolas, a circulação e até o tipo de iluminação são pensados para estimular o consumo.

Mas esses princípios não são exclusivos das grandes marcas.

Mesmo uma farmácia de bairro pode (e deve) aplicar esses conceitos para vender mais e conquistar o cliente.

O mais importante é que o projeto seja desenvolvido por arquitetos especializados em varejo, que entendam o comportamento do consumidor e as particularidades do setor farmacêutico. Isso evita erros que custam caro — desde a inauguração — e previne retrabalhos ou reformas desnecessárias no futuro.

Projeto para abrir uma farmácia - Bioflora (TO) -Arquiter
Projeto: Bioflora (TO) Crédito: Arquiter

A seguir, veja os elementos essenciais que não podem faltar em um bom projeto de farmácia:

  • Circulação ampla e intuitiva entre setores, garantindo conforto e fluidez;
  • Iluminação geral e pontual, valorizando produtos estratégicos com intencionalidade;
  • Organização visual clara, que transmita higiene, cuidado e profissionalismo;
  • Comunicação visual eficiente, que oriente sem poluir;
  • Fachada com identidade forte, alinhada ao público-alvo e ao posicionamento da marca;
  • Layout otimizado, que estimule compras por impulso e facilite o atendimento.

Na Arquiter, usamos o Método AFL para estruturar projetos comerciais com base em três pilares: Atratividade, Funcionalidade e Lucratividade. Assim, criamos espaços que traduzem a identidade no layout da farmácia, melhoram a operação e impactam diretamente no faturamento.

O resultado é uma farmácia moderna, organizada e estrategicamente pensada para oferecer uma experiência à altura do que o consumidor espera e do que o seu negócio precisa para crescer.

Farmácia pequena de bairro: como planejar para ser lucrativo

Quem pensa em abrir uma farmácia de bairro precisa entender que o projeto deve ser voltado para praticidade, acolhimento e proximidade com o cliente. A rentabilidade de um negócio menor não depende do tamanho do espaço, mas da forma como ele é estruturado e conduzido no dia a dia.

Por isso, ter clareza sobre o perfil do consumidor local e adaptar o negócio a essa realidade é um dos primeiros desafios.

O foco deve estar nos produtos de maior giro, como medicamentos comuns, itens de higiene pessoal e alguns serviços rápidos, como aferição de pressão.

Nesse cenário, o espaço precisa ser aproveitado com inteligência, com corredores mais enxutos, mas que seguem as metragens de acessibilidade, balcões de atendimento em local estratégico e vitrines com produtos sazonais para destacar o que importa.

Além disso, o diferencial no atendimento é um aspecto que não pode ser negligenciado. Um atendimento personalizado e atencioso pode gerar uma experiência positiva e fazer com que os clientes voltem sempre.

O cuidado com a fachada de farmácia também é importante. É ela quem vai transmitir confiança e despertar o interesse de quem passa na porta da loja.

Um visual limpo, direto e bem iluminado traz mais elegância e destaca. E entre uma drogaria pequena e uma unidade da farmácia popular, esse tipo de diferenciação pode ser determinante para se manter competitivo.

Vale a pena abrir uma farmácia hoje?

Abrir uma farmácia é um bom negócio, desde que haja preparo e planejamento. O setor continua aquecido, mesmo em tempos de instabilidade, porque lida com um tipo de consumo que não para. Mas é justamente por isso que a concorrência é intensa.

Não à toa, os dados apontam que, devido ao consumo de produtos farmacêuticos, o setor deve crescer até 30% até 2027.

Mas, para fazer parte desse crescimento, você precisa investir em diferenciação e estrutura adequada. Isso não quer dizer que você precisa montar a farmácia mais cara do bairro, mas sim criar um ambiente que favoreça um bom desempenho, comunique bem a proposta e atenda às necessidades reais dos clientes.

Se a ideia é competir com grandes redes, o diferencial precisa estar claro para o cliente. E isso começa pelo ambiente que você proporciona.

Aqui na Arquiter ajudamos empreendedores como você a construírem empresas altamente rentáveis desde o projeto arquitetônico e de interiores comercial.

Quer abrir sua farmácia com um projeto estratégico para atrair clientes e gerar um excelente faturamento? Fale com a Arquiter e transforme seu sonho em um negócio de sucesso!

Perguntas frequentes sobre como abrir uma farmácia

Confira, a seguir, as respostas para as dúvidas mais comuns que recebemos sobre este assunto.

É preciso ser farmacêutico para abrir uma farmácia?

Não é preciso ser farmacêutico para abrir uma farmácia. No entanto, é obrigatório contratar um farmacêutico responsável técnico, com registro ativo no CRF, para garantir o cumprimento das normas legais e sanitárias.

Farmácia ou drogaria: qual a diferença?

A farmácia pode manipular medicamentos, além de vender os industrializados. Já a drogaria só pode vender medicamentos prontos, cosméticos e produtos de higiene. Ambas precisam seguir as normas de vigilância sanitária.

O que é necessário para abrir uma farmácia de manipulação?

Além das licenças padrão, a farmácia de manipulação precisa ter um laboratório com infraestrutura adequada, farmacêutico com especialização em manipulação, controle rígido de qualidade e estrutura compatível com as exigências da Anvisa.

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Rodrigo Santos

Rodrigo Santos é mestre em Negócios Internacionais e foi eleito um dos 10 melhores COOs do mundo pela Industry Era Magazine, sendo capa da edição de 2020. Com mais de 25 anos de experiência em gestão e transformação de negócios, liderou grandes projetos nacionais e internacionais que impactaram milhões de pessoas. Atualmente é um dos sócios da Arquiter além de consultor e conselheiro de empresas, impulsionando crescimento, inovação e eficiência operacional.

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